Aloísio Andrade: “Não mude de Lagarto, fique e ajude Lagarto a mudar!”

31 de janeiro de 2016 - 11:02, por Alexandre Fontes

Entrevistado da Semana

Entrevistado da Semana

 

A entrevista da semana é com um dos comunicadores mais conhecidos no município de Lagarto e, com influência e reconhecimento profissional e pessoal além-Sergipe. Ele já foi assessor de comunicação e Prefeito Mirim de Lagarto, tal cargo simbólico rendeu a Aloísio Andrade (48) o apelido de Prefeitinho. Confira:

Durante a entrevista, Aloísio nos contou um pouco da sua história de vida que é fortemente ligada à política, a comunicação e ao esporte. Atualmente, o filho do vaqueiro é presidente do Lagarto Futebol Clube, da Federação Sergipana das Rádios Comunitárias (FESERCOM), diretor da rádio Juventude FM e apresentador do programa Juventude Notícias com o popular bordão: “O bolo é grande!”.

Acompanhe a entrevista da semana na íntegra com este que mostrou que é possível conquistar os seus objetivos.

Lagarto Notícias: Quem é Aloísio Andrade?

Prefeitinho: Aloísio Andrade é uma pessoa simples, humilde, de uma família grande e quem tem 12 irmãos, mas que tem um compromisso de fazer algo pela nossa cidade, pelo próximo porque ficar apenas a criticar e nada a fazer, eu acho que não resolve. Então Prefeitinho é esse: Que o que faz seja na comunicação, no esporte, ou na sua vida pessoal é tentando resolver o problema do próximo porque se a gente não resolver o problema daquele próximo, este poderá ser o problema de todos nós no futuro. Então eu acho que, plagiando uma frase de quem passou pelo Tiro de Guerra diz o seguinte: “Quem não vive para servir, não serve para viver”, então eu quero servir porque quando a gente for deste mundo, a única coisa que vamos deixar é a marca de alguma coisa que foi feito, de preferência algo de bem, até porque você nunca vai levar com você a marca de riqueza, de nobreza. O que o povo vai lembrar de você, quando você aqui não estiver, é de algo que você fez.

LN: Como foi que surgiu o apelido de Prefeitinho?

Prefeitinho: O prefeitinho vem de 1981, quando o então prefeito de Lagarto, José Vieira Filho, que já pensava na participação do jovem na política, pediu que as escolas escolhessem aquele aluno que mais se destacasse e todos iam disputar no Dia da Criança o título de Prefeito Mirim e, eu tive o privilégio de ser eleito Prefeito Mirim no colégio Sílvio Romero e depois na eleição municipal que aconteceu no Rotary Clube, na qual disputei com mais 15 jovens, até que os rotarianos entenderam que o mais preparado para assumir esse cargo simbólico de Prefeito Mirim era eu. Daí todos começaram a me chamar de Prefeitinho e ficou até hoje.

LN: Qual o momento que mais te marcou durante essa experiência?

Prefeitinho: O momento que mais me marcou foi quando eu sai da posse na Câmara de Vereadores e a gente foi para a igreja e, ao sair da missa nós seguimos em direção a prefeitura para tomar posse no gabinete do prefeito e até lá, vários alunos, em sua maioria do colégio Sílvio Romero, fizeram um corredor polonês e era eu passando por ali de paletó e gravata e eles me aplaudindo, me cumprimentando. Então esse momento ficou na minha memória e até hoje eu não esqueço.

LN: Então foi após ser Prefeito Mirim que o senhor se interessou pela política?

Prefeitinho: Não exatamente nesse momento porque nessa época eu tinha uns 13/14 anos. Mas quando cheguei aos meus 17 anos, eu passei a gostar de política, da comunicação. Foi quando tive uma oportunidade com o Senador Albano Franco, ele tinha concedido uma entrevista numa rádio e eu tinha feito uma participação por telefone, na qual fiz algumas indagações ao senador e, de público ele me convidou para almoçar com ele, numa determinada localidade, a partir daí começou a minha história política. Fui para Brasília com este homem, porque ele entendeu que eu poderia ser um bom assessor dele em Brasília e lá fiquei até que ele se elegeu governador do estado.

LN: Quando jovem, você já sabia o que queria para o seu futuro?

Prefeitinho: Não, a questão da eleição de Prefeitinho foi mesmo uma brincadeira e tal. Mas depois eu fui gostando, eu era muito jovem, a própria eleição, lembro como hoje, eu estudava com Marcelo Mesquita, diretor da DRE’2, e ele me incentivava: Vá Aloísio! Vá representar a nossa sala!”, porque o Silvio Romero tinha mais de 15 salas e cada uma delas tinha um representante internamente disputando. Ai eu disputei representando o 8°A, conseguimos vencer os colegas do colégio e depois o obstáculo maior de vencer todos do município.

LN: O senhor foi assessor do então senador Albano Franco. Então podemos dizer que foi a partir daí que o senhor escolheu seguir a carreira jornalística?

Prefeitinho: Foi, até pelo trabalho que a gente desenvolvia lá em Brasília, eu resolvi me dedicar a essa área, mas sempre voltado para o rádio, para a radiofonia. Este trabalho que a gente desenvolve na comunicação sergipana é mais voltada para o rádio, sou amante do rádio, eu gosto de rádio. Até porque eu entendia, quando trouxemos a Juventude FM para Lagarto, por isso que o slogan dela é assim: “Fazendo a Diferença”, porque no meu entendimento e no entendimento da sociedade, chegou o momento de que Lagarto precisava de uma comunicação alternativa que realmente fizesse a diferença porque tínhamos dois meios de comunicação aqui que eram ligados as famílias políticas e, obviamente, cada um puxava para a sua sardinha. E os outros, os barrigas verdes, como eu chamo, não tinham essa liberdade. Chegou o tempo na cidade que você só poderia ir pra rádio falar mal do outro. Até que conseguimos trazer a rádio comunitária Juventude FM para fazer essa diferença.

LN: Não à toa, um dia desse Albano estava rasgando elogios ao seu respeito.

Prefeitinho: Doutor Albano é essa pessoa sensível, um grande homem. Acho que Sergipe deve muito a doutor Albano Franco como senador, como presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), porque Sergipe era destaque quando Albano estava no senado e na CNI, todas semanas ele estava na televisão. Para nós era uma alegria ver o nosso conterrâneo nos representando e, mais feliz eu ficava por estar ao lado dele.

LN: Todos nós enfrentamos dificuldades, quais as maiores dificuldades enfrentadas pelo Prefeitinho na sua carreira?

Prefeitinho: As maiores dificuldades vem de perseguições na política de Lagarto, infelizmente, ainda existe um coronelismo muito pesado em que não quer que o filho do vaqueiro, uma pessoa simples como o Prefeitinho esteja falando para outros, não aceitam a expressão do Prefeitinho comandando uma rádio comunitária, o Lagarto Futebol Clube, opinando em rádio. Tem pessoas em Lagarto que não aceitam essa expressão e querem me tirar do sistema a qualquer custo, inclusive com armadilhas perigosas em que você tem que mudar todo o seu comportamento social e pessoal – hora de chegada e saída, o que faz, com quem anda – para que você não possa cair em tentações e essas pessoas não possam lhe prejudicar.

LN: Apesar dessas perseguições, o que te motivou a chegar onde chegou?

Prefeitinho: Acho que foi a minha vontade de crescer e também para mostrar as pessoas, não para dar resposta àqueles que me perseguem, não para dar resposta àqueles que não acreditam, mas para àqueles que tentam, que vale a pena. Quando eu me volto para os 13/14 anos, antes de ser prefeitinho, eu morava no Retiro numa casa simples, humilde, nossa capital era os Olhos D’água, eu saia à pé pro natal dos Olhos D’água de ano em ano. Então uma pessoa que veio de uma família com 11 irmãos, meu pai um vaqueiro, minha mãe uma dona de casa né? E hoje, modéstia parte, Prefeitinho é conhecido no estado inteiro, se chegar em Brasília, Prefeitinho tem referência.

Então eu acho que o que mais me dar vontade é mostrar o nosso exemplo de vida, de luta, de persistência para que seja seguido por outros que acham que não conseguem. E ai eu coloco uma frase que o deputado Helenildo Ribeiro de Palmeira dos Índios me disse: “Prefeitinho, não mude de Lagarto. Fique e ajude Lagarto a mudar”. Ele via a minha paixão por essa cidade, eu trabalhava em Brasília, mas era Lagarto que me interessava. O que me motiva é mudar Lagarto e, não pense que não estamos mudando, estamos sim através da Rádio Juventude FM, do Lagarto Futebol Clube, nós criamos a ASPLAG e o primeiro presidente foi Prefeitinho, no meu tempo era um chequezinho e hoje já é um cartão de crédito. E pode observar que tudo que faço é para o próximo porque a rádio não é minha, o clube não é meu, muitas vezes eu me dedico tanto a causa dos outros, que acabo esquecendo de mim mesmo.

LN: Foi essa sua influência em Brasília que o ajudou a trazer a Juventude FM?

Prefeitinho: Sim, na época em que eu estava em Brasília, foi quando surgiram os canais de rádio comunitária, essas rádios são de 1998 para cá e surgiram através da lei criada por Fernando Henrique Cardoso, mas que só teve o devido respaldo nos governos de Lula e Dilma na presidência. E ai a gente lutou para que em Lagarto pudesse existir um canal comunitário porque a primeira luta é essa. São 5.600 municípios espalhados pelo Brasil inteiro, não seria apenas a vontade de prefeitinho, então busquei convencer o ministro das comunicações e quando saiu a lista dos municípios contemplados, Lagarto se fez presente. Evidentemente que Lagarto foi contemplado com a nossa força através do deputado Helenildo Ribeiro, do senador Albano Franco e com essas ajudas nós conseguimos colocar Lagarto no ar.

Como a rádio comunitária não pode atingir um raio maior que 10 quilômetros, observamos que Colônia 13 e Jenipapo são distancias que ultrapassam esse limite e, naquele mesmo ano lutamos para levar outras rádios comunitárias a esses povoados. Não sou individualista e, por isso, orientei outras pessoas a abrirem essas rádios comunitárias. O nosso sonho agora para Lagarto, e ai eu vou lutar com unhas e dentes, é colocar uma rádio na região dos povoados Olhos D’água, Mariquita e Rio Fundo, não tem como ser no meu querido povoado Retiro porque o mesmo não existe mais, mas se Deus quiser o nome da rádio será Retiro FM, ainda quero implantar esse canal neste ano. Espero que não haja concorrência para não ter aquela coisa de licitação, mas se houver e a gente [Prefeitinho e o concorrente] se unir e montar um projeto só, a Retiro FM vai funcionar bem.

LN: Hoje, o senhor preside uma série de instituições: a Juventude FM, a Federação das Rádios Comunitárias e o Lagarto FC. Como consegue conciliar tantas responsabilidades?

Prefeitinho: Compromisso. Muitas das vezes a gente não tem tempo de cuidar das nossas vidas para cuidar do social, dessas coisas. Mas são coisas importantes, por exemplo: falar do futebol, quem me conhece sabe que eu vivia dentro do campo torcendo, muitas das vezes criticando e, sem saber o que realmente acontecia por dentro do futebol. Então eu acho que ao invés da gente ficar criticando, vamos fazer, vamos criar alternativas né? Ai quando houve aquele desastre administrativo, das administrações anteriores [Do Atlético Clube Lagartense], que houve até renuncia coletiva, coube à gente administrar interinamente o time, e dentro dessa interinidade tínhamos que convocar uma nova eleição e, nessa nova eleição nós fomos eleitos. Nós temos mais dois anos de mandato e, eu não tinha como ficar de fora porque eu gosto de futebol, assim como não tinha como ficar de fora da Federação Sergipana das Rádios Comunitárias (FERSECOM) porque representam outro seguimento que eu também milito e que tem muitos problemas para ser resolvido. Já enfrentamos problemas como as emissoras comerciais que querem acabar com as rádios comunitárias e, eu acho importante que dentro do seu segmento você se una para desenvolver um bom trabalho.

LN: Todo profissional tem alguém em que possa se inspirar. Quem inspira ou inspirou o Prefeitinho?

Prefeitinho: Duas pessoas na política me inspiram: Albano Franco e Helenildo Ribeiro. Albano me deu todas as oportunidades na vida, um homem de bem como Sergipe conhece e, Helenildo foi outro, enquanto portas se fechavam para mim graças a pessoas de Sergipe, ele soube me abrir outras portas e me reconheceu e, eu reconheci o seu trabalho pela forma como agia e tratava o povo, então me inspiro muito em Helenildo Ribeiro. Agora queria, queria, estou lutando para ser, mas é difícil ser igual a meu pai, Eliseu do Retiro. Um vaqueiro, mas um homem de bem a toda prova, um homem que costuma honrar seus compromissos e, muitas das vezes a gente na labuta do dia-a-dia a gente esquece e acaba deixando uma coisa passar e, ele com seus 84 anos a gente nunca viu ninguém bater na porta de meu pai para lhe fazer uma cobrança. Então meu pai é o cara em que me inspiro, apesar de já ter magoado meu pai na política e vida, eu fiz um compromisso de que não queria mais dar mágoa a meu pai.

LN: No tocante ao LFC, foi o seu amor pelo futebol que o fez querer administrar um time que na época estava afogado em problemas?

Prefeitinho: Sim, até porque eu achei, como continuo achando, que o nosso relacionamento de amizade com toda a classe política, com a sociedade comum, com os comerciantes e com a imprensa facilitaria tudo, seria a pessoa certa no lugar certo. “Não, prefeitinho é fácil de lidar, conversa com todo mundo”, então eu fui nesse sentindo, mas depois que a gente chega lá, a gente ver que não é bem assim, é diferente, mas eu queria colocar no time a minha experiência administrativa que deu certo na ASPLAG, na rádio etc., para ver se também dará certo no time. Mas o time, pra você ter uma ideia: nós temos seis anos do Lagarto Futebol Clube, mas estamos sendo responsabilizados pelo Atlético Clube Lagartense, um clube que foi criado há 23 anos, então veja o tamanho do problema que nós pegamos. Um time que tem 23 anos e outro que tem seis, bote ai 30 anos quase, três décadas de um clube com dividas, com problemas, com passivos de jogador atrasado, é muito complicado administrar o futebol e, dizer que num passe de mágica se paga a todo mundo, não existe.

LN: De Prefeitinho a Prefeito de fato. O Senhor tem essa pretensão? E Quando?

Prefeitinho: Eu pretendo sim entrar na vida pública e, não é segredo para ninguém. Agora a política traz algumas incertezas, pela lei eleitoral: para qualquer cidadão que queira ser candidato e assumir um cargo público, ele tem que deixar esse cargo seis meses antes da eleição. Então se Prefeitinho quiser ser candidato deverá deixar o Lagarto Futebol Clube em abril, ele terá que deixar a Juventude FM em abril, ele terá que deixar a FESERCOM em abril. Ai eu pergunto: Valerá a pena? A eleição só vai acontecer em outubro e, eu seis meses não poderei fazer política porque a eleição só começará em agosto. Então é só afastar pra eu não ter comando, nem força, mas o cara que já é vereador ou prefeito não precisa se afastar do cargo, ai eu que vou tentar preciso me afastar. Então eu preciso pensar, ver como estão às coisas. Cada dia com sua agonia, eu tenho vontade, mas a gente precisa tomar muito cuidado, sempre tenho dito que é melhor dizer: Cuidado! Do que mais tarde dizer: Coitado!

LN: Qual a sua maior alegria? E frustração?

Prefeitinho: É tanta coisa, para mim tudo que acontece e que é interessante, é alegria, eu já vivi tanta coisa. Já tive alegria quando um político que apoio ganha as eleições, mas a minha maior alegria foi o nascimento da minha netinha, quando eu a vi pela primeira vez e a peguei no colo, ela mora longe, lá no Rio Grande do Norte, mas são vários momentos de alegria, por exemplo: um momento de alegria e que passou muita coisa por minha cabeça foi no futebol, naquele jogo entre Lagarto X Estanciano, no qual estávamos ganhando por dois a zero e, a gente ia pra uma final de campeonato, ali passou um monte de coisa pela minha cabeça, só agradecendo a Deus, porque achava que já tínhamos ganhado o jogo, com 33 minutos eu tava: “É nós que vamos, meu Deus!”, mas depois veio o pênalti e as lágrimas de alegria se transformaram em tristeza.

LN: Qual a marca que o prefeitinho pretende deixar para os seus conterrâneos?

Prefeitinho: A marca que eu quero deixar é a de que: Você consegue! Eu quero deixar uma palavra de otimismo para as pessoas: ‘Não pense que você é inferior a alguém, não pense que você não consegue conquistar, não pense que você não consegue porque você consegue, eu consegui’. Mas ainda vou para a luta, ainda quero ser prefeito, ainda estou no começo. Então eu quero deixar para as pessoas o legado de que: Lutem por seus objetivos! Não se acanhe! Não se sinta inferior a ninguém porque você consegue, porque se você deixar que outras pessoas te guiem, você não vai pra lugar algum porque no mundo de hoje as pessoas vão te guiar para que você escorregue e ele acerte. Então você tem que ir por si e, tudo com objetivo traçado, você não pode querer abraçar o céu com as mãos. Eu tenho dois focos: a política e o futebol, a comunicação está no meio de tudo. Então você precisa focar, se você não focar nos objetivos, não dará certo. Acho que é por ai.

LN: Qual a mensagem que pretende deixar para o povo de Lagarto?

Prefeitinho: A mensagem que o deputado Helenildo me disse: “Àqueles que pensam em sair de Lagarto, não saiam de Lagarto, fiquem e ajudem Lagarto a mudar”. Quero direcionar esta mensagem, principalmente, para o jovem que se forma que se dedica e, que tenta ir para outro lugar. Não vá! Fique na sua terra porque aos poucos as pessoas de ontem estão passando e, nós como você aqui está me conduzindo esta entrevista num Portal que começou ontem, com um cabra novo que é o Alexandre. Então eu acho que essas pessoas é quem tem que ocupar esses espaços, portanto não mudem de Lagarto, fiquem e ajudem Lagarto a mudar!

 

 

 

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O Xingó Parque Hotel & Resort está situado perto da usina hidrelétrica Xingó e dos famosos cânions do Velho Chico, a 77 km do Aeroporto Paulo Afonso. Tudo isso, às margens do Rio São Francisco no município sergipano de Canindé. 

 

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