Gordura, “cara ou coroa”?

25 de julho de 2017 - 08:23, por Rafael Pires

Todos nós sempre ouvimos a história de que comer gordura engorda, que faz mal, que a gema do ovo aumenta o colesterol. Mas já parou para pensar no qual complexa é essa ideia? Quais gorduras são ruins? Quando e o porquê devo consumi-las? Quais seus benefícios e malefícios? Pois bem, as gorduras, além de melhorar a textura e o sabor dos alimentos, são consideradas o maior combustível para nossas células. Responsáveis pela homeostase corporal, necessárias para a produção de hormonal, ácido biliar, sinapses neurais e transporte e absorção pelo intestino das vitaminas lipossolúveis (A,D,E,K).

Elas desempenham um papel de destaque na saúde, e de forma alguma devem ser retiradas da alimentação. A recomendação diária é de 20 a 35% das calorias diárias, lembrando que cada grama da mesma, fornece 9 kcal. Elas podem ser subdivididas em gorduras boas, as insaturadas (monoinsaturadas e poli-insaturadas) e ruins como a gordura trans e o excesso da gordura saturada. Dentre as gorduras instauradas, a monoinsaturada, rica em ômega-9 têm papel fundamental na redução do colesterol, do LDL e aumento do HDL (gordura boa), acarretando na melhora da saúde cardiovascular. Suas principais fontes, são: o abacate, castanhas e nozes, azeite extra virgem e açaí puro. Já a poliinsaturada é subdividida em ômega-3 (antiinflamatório) e ômega-6 (pró-inflamatório), são consideradas gorduras essenciais (não produzidas pelo organismo), e devem ser ingeridas ao longo do dia. O problema é o desequilíbrio entre ômega-3 e o ômega-6, fato comum nas dietas ocidentais. Dietas essas, ricas em óleos refinados como canola, milho, soja, girassol ricos em ômega-6, sendo esse excesso, prejudicial a saúde, aumentando as chances do desenvolvimento de doenças cardiovasculares, do diabetes, doenças neurológicas, e alteração no perfil lipídico. Para alcançar essa homeostase, boas fontes de ômega-3 devem estar presentes diariamente na sua alimentação, como é o caso do atum, arenque, sardinha, salmão, semente de linhaça, chia e nozes. Suas principais valias, são as de conferir um efeito antitrombogênico, antiflamatório, reduz as chances de um acidente vascular cerebral (AVC), artrite reumatoide, melhora os sintomas da asma, de inflamações intestinais, doenças neurológicas, alguns cânceres, diabetes e estimula a recuperação pós atividade física e a hipertrofia muscular.

Já o lado sóbrio da história, vem via indústria alimentícia, para realçar sabor, conferir maior crocância, aumentar o tempo de prateleira dos alimentos e ter um menor custo. A gordura trans, oriunda dos produtos como sorvetes, biscoitos, fast foods, congelados, batata frita, salgadinhos, pipoca de micro-ondas, traz consigo um ônus grandioso para saúde. Sua ingestão está diretamente ligada a complicações de infartos que no Brasil corresponde a 27% das mortes, segundo o Ministério da Saúde. Aumenta ainda o LDL, colesterol e reduz o HDL. Sem falar que esses alimentos têm embutido carboidratos simples, sem valor nutricional algum, piorando ainda mais esse cenário. O aumento do consumo desses carboidratos leva a chamada dislipidemia aterogênica, gerando alteração no perfil lipídico, e síntese hepática de gordura saturada.

Já a gordura saturada, proveniente da gordura animal, por muito tempo foi erroneamente condenada, mas hoje, sabe-se que o problema maior é seu excesso. Essa gordura em diversos artigos nos últimos anos não mais apresenta correlação com problemas cardiovasculares, quando esta, está inserida em uma alimentação equilibrada e com qualidade de vida. Um problema que pode vir a ocorrer não é por conta da manteiga de fazenda, queijos, gema do ovo, ou da carne bovina magra ou suína, fontes de gordura saturada, mas sim, pelas rações ricas em ômega-6, agrotóxicos e antibióticos que aumentam as taxas de substâncias estranhas ao organismo humano (xenobióticos), correlacionadas com o aumento da proteína-C reativa e a processos inflamatórios, predispondo ao aparecimento das doenças crônicas degenerativas.

Então, qual lado da moeda você escolhe? #rafaelpiresteam #nutriçaoequalidadedevida #saudeemfoco

Por Rafael Pires

Rafael Pires

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