Marcelo Lacerda: “É necessário que os empresários invistam mais nos artistas locais”

5 de agosto de 2018 - 16:00, por Marcos Peris

Portal Lagarto Notícias

A Entrevista da Semana é com o músico cearense radicado em Lagarto, Marcelo Lacerda. Com dois CDs gravados e o sonho de produzir um DVD, Lacerda falou da sua carreira, das influências que teve, bem como analisou o cenário musical em Lagarto e em Sergipe.

Marcelo Lacerda

Marcelo Lacerda é natural do interior do Ceará

Para ele, Sergipe é terra de bons e qualificados artistas que vêm nos barzinhos à única válvula de escape para garantirem os seus respectivos sustentos. O cearense ainda assegurou que em breve retornará aos palcos e se mostrou grato ao carinho que tem recebido do povo lagartense.

Confira a Entrevista da Semana na íntegra:

Portal Lagarto Notícias: Quem é o cidadão Marcelo Lacerda?

Marcelo Lacerda: Agradeço primeiramente a equipe Lagarto Notícias pela oportunidade do povo lagartense me conhecer melhor. Mas sou um músico e empresário natural da cidade cearense de Quiterianópolis, e aos 13 anos tive o privilégio de morar nessa cidade que hoje eu amo de paixão, Lagarto.

No Ceará sempre fui envolvido com música, pois vendia CDs, grava show dos artistas de forró e era vocalista de um grupo chamado “Garotos do Forró”. Já em Lagarto comecei nessa área por brincadeira, até conhecer Farlinho e Batata, meus primeiros empresários que montaram a banda Forrozão Elite. Nela, musicalmente falando, aprendi muito porque tocamos nos festejos juninos de muitas cidades sergipanas.

Mas hoje trabalho meu nome, Marcelo Lacerda – O Forró do Paredão. Ou seja, continuo lutando pelo meu sonho.

PLN: Como o interesse pela música surgiu? Cantar foi um dom?

ML: Meu interesse pela música vem primeiro pelo amor que tenho por ela, das influências familiares, pois o maior rabequista do Ceará, Quincas Firmino, é meu tio, e também ele era dono de um grupo musical de forró, os “Timbaúbas”.

Mas eu sempre amei cantar. No começo, tive que me esforçar muito para ir melhorando aos poucos. Para isso, estudei, assisti vídeos, treinei e sempre acompanhando o meio musical. Por isso, acho que cantar foi uma ousadia minha, porque eu nem sabia cantar muito bem, mas devido a minha aparência física, que chamava atenção (risos), fui pegando gosto.

PLN: O senhor poderia descrever quais foram as maiores influências do início da carreira?

ML: Xand Avião, Wesley Safadão, Aduilio Mendes, e vários outros cantores, porque atualmente escuto bastante o sertanejo e gosto muito de Jorge e Mateus.

PLN: Qual análise o cantor Marcelo Lacerda faz do cenário musical do município de Lagarto?

ML: Vejo muita gente boa em nosso município, mas está faltando oportunidades para que os artistas consigam mostrarem seus respectivos talentos. É necessário que os empresários invistam mais nos artistas locais e que o povo lagartense os valorize.

Por isso, vejo nos barzinhos da nossa cidade a única válvula de escape da nossa classe.

PLN: Em sua opinião, o poder público local tem contribuído para a difusão da cultura, principalmente no seu setor?

ML: Vejo a Prefeitura Municipal contribuindo bastante em várias festas e eventos. Tanto é que já toquei em vários. Mas falta um pouco mais de empenho da gestão para realizar programas de incentivos para os jovens desenvolverem melhor o aprendizado relacionado à música.

Isso poderia ser feito através de escolas musicais e também de concursos musicais, compras de instrumentos e intensificando as aulas desses vários instrumentos. Além da apresentação em shows culturais, etc.

PLN: Quais as dificuldades o senhor tem enfrentado para poder desenvolver o seu trabalho em Lagarto e região?

ML: Graças a Deus tive a oportunidade de tocar em várias cidades sergipanas. Nelas fui muito bem recebido. Mas a maior dificuldade é a financeira, pois sai muito difícil manter uma banda com poucos recursos. Mas tudo no tempo de Deus.

PLN: O senhor tem alguma recordação saudosa de alguma época da carreira, inclusive do início da mesma?

ML: A melhor época foi quando realizei meu segundo show em carreira solo, porque abri o show da banda Tropykalia, no Ceará, e quanto terminei show em minha cidade, todos me elogiaram, inclusive o proprietário da Tropykalia.

Eu nem o conhecia, até ele chegar para mim e me dar os parabéns pelo show, dizendo que eu tinha muito futuro. Foi muito prazeroso ouvir aquilo de um dono de banda famosa.

PLN: Qual a sua composição atual da banda? São todos de Lagarto?

ML: Tenho mais de 30 composições, mas a que trabalhei no CD foi Caso Complicado. Nela, falo de um amor complicado.

Já os meus músicos são, em sua maioria, daqui de Lagarto. Esse município tem vários bons e qualificados músicos. Acho que Sergipe também se encaixa nisso também.

PLN: No tocante a gravações de álbuns e DVDs, como anda essa parte do músico?

ML: Já gravei dois CDS que tocaram bastante nos paredões de Sergipe e do Brasil. Tanto é que recebi vários vídeos do pessoal tocando e curtindo o meu som. Mas ainda não gravei um DVD. Quero mostrar tudo que sei nele. Mas com fé em Deus irei realizar esse sonho.

PLN: Como Marcelo Lacerda analisa o atual cenário musical no Brasil, em Sergipe e em Lagarto?

ML: Analiso da seguinte forma: sertanejo, forró e arrocha não param de crescer.

PLN: Que mensagem o senhor poderia deixar para à população lagartense e em especial as pessoas que curtem Marcelo Lacerda?

ML: Quero agradecer, do fundo do coração, o carinho de todos os lagartenses comigo, em todos os shows que fiz. Farei o meu melhor para levar alegria em forma de música para vocês.

Ausentei-me um pouco da música, mas em breve, com fé em Deus, estarei de volta aos palcos.

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