Operação Zelotes: buscas são feitas em empresas do filho do ex-presidente Lula

27 de outubro de 2015 - 04:23, por Alexandre Fontes

Portal Lagarto Notícias

Na última segunda-feira (26), a Polícia Federal em ação conjunta com o Ministério Público e a Corregedoria do Ministério da Fazenda deflagrou a nova etapa da operação Zelotes que durante prendeu cinco pessoas preventivamente. Além disso foram realizadas buscas em três empresas presididas por Luíz Cláudio Lula da Silva, filho do ex-presidente Lula.

Buscas são feitas em empresas do filho do ex-presidente Lula

Buscas são feitas em empresas do filho do ex-presidente Lula

Segundo a PF, a nova etapa da operação investiga um consorcio de empresas que, além de manipular julgamentos dentro do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (CARF), negociava incentivos fiscais a favor de empresas automobilísticas.

Em um dos endereços onde as buscas foram realizadas, encontram-se três empresas ligadas ao filho do ex-presidente Lula: LFT Marketing Esportivo, Touchdown promoção de eventos esportivos além da Silva e Cassaro Corretora de Seguros. Para o Ministério Público Federal as empresas representam uma “única entidade” presidida por Luíz Cláudio Lula da Silva, é o que afirma o texto da decisão da juíza federal que autorizou as buscas, Célia Regina Orly Bernardes.

Ainda segundo as investigações a LFT, empresa de Luíz Cláudio, recebeu pagamentos do escritório Marcondes e Mautoni, investigado na Zelotes por atuado de forma, teoricamente, ilegal na aprovação da MP 471 que beneficiou o setor automotivo.

O advogado de duas empresas de Lulinha (LFT e Touchdown), Cristiano Zanin, declarou que as empresas não possuem “qualquer relação, direta ou indireta, com o Conselho Administrativo de Recursos Fiscais”.

Nesta etapa da Zelotes, foram presos o lobista Alexandre Paes dos Santos, o ex-conselheiro do Carf José Ricardo da Silva, e seu sócio, Eduardo Valadão, e dois sócios de escritórios suspeitos de captar clientes para o esquema, Cristina Mautoni e Mauro Marcondes, vice-presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos (Anfavea). A associação não se manifestou sobre a prisão.

A operação Zelotes iniciou em março de 2015 e consiste na investigação de pagamentos de propina para integrantes do CARF, com o objetivo de anular ou reduzir débitos tributários de empresas com a Receita Federal. A Polícia Federal estima que o esquema teria fraudado até R$ 19 bilhões da Receita, dentre essas três fases os agentes da Policia Federal já apreenderam 1 milhão de reais em espécie, realizaram buscas em escritórios nos estados de: São Paulo, Rio Grande do Sul e Distrito Federal. Além de cumprir sete mandados de busca e apreensão em Brasília e no Rio de Janeiro.

Nota

Confira a nota expedida pelo advogados das empresas do filho de Lula:

A busca e apreensão realizada pela Polícia Federal na data de hoje (26.10), dirigida à Touchdown Promoção de Eventos Esportivos Ltda., revela-se despropositada na medida em que essa empresa não tem qualquer relação com o objeto da investigação da chamada “Operação Zelotes”. A Touchdown organiza o campeonato brasileiro de futebol americano — torneio que reúne 16 times, incluindo Corinthians, Flamengo, Vasco da Gama, Botafogo, Santos e Portuguesa —, atividade lícita e fora do âmbito da referida Operação.

No caso da LFT Marketing Esportivo, que se viu indevidamente associada à edição da MP 471 – alvo da Operação Zelotes -, a simples observação da data da constituição da empresa é o que basta afastá-la de qualquer envolvimento com as suspeitas levantadas. A citada MP foi editada em 2009 e a LFT constituída em 2011 — 2 anos depois. A prestação de serviços da LFT para a Marcondes & Maltone ocorreu entre 2014 e 2015 – mais de 5 anos depois da referida MP e está restrita à atuação no âmbito de marketing esportivo. Dessa prestação resultaram 4 projetos e relatórios que estão de acordo com o objeto da contratação e foram devidamente entregues à contratante. O valor recebido está contabilizado e todos os impostos recolhidos e à disposição das autoridades.

A Touchdown e a LFT jamais tiveram qualquer relação, direta ou indireta, com o Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (CARF).

Assim que tomaram conhecimento da busca e apreensão os advogados da Touchdown e da LFT pediram à Justiça e à Polícia Federal acesso a todo o material usado para justificar a medida, não tendo sido atendidos até o momento. Tal situação impede que a defesa possa exercer o contraditório e tomar outras medidas cabíveis.

 Cristiano Zanin Martins

 

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