Lançamentos literários, música e teatro atraem cerca de 50 mil pessoas para a Flise

9 de novembro de 2015 - 08:35, por Alexandre Fontes

Por Tanuza Oliveira

Terminou neste domingo, dia 8, a I Feira da Leitura e do Livro de Sergipe – Flise -, promovida pela G&A Produções. O saldo já o configura como um evento para ficar no calendário cultural do Estado: foram cerca de 50 mil visitantes durante os três dias em que o Parque da Sementeira, em Aracaju, se transformou, ora em teatro, ora em palco musical.

Bate-papo com Sergival

Bate-papo com Sergival

Sem falar nos espaços diferenciados, como a Tenda do Escritor, o Espaço Criança e o Gastrô. Neles, a presença de escritores renomados vindos de várias partes do Brasil, oficinas banhadas a muita interatividade e lançamentos de livros foram as atrações principais. E cumpriram direitinho o objetivo de atrair um público grande e diversificado.

“Na sexta-feira, primeiro dia do evento, foram 10 mil pessoas. No segundo, 15 mil. No total, contabilizamos a presença de cerca de 50 mil pessoas durante os três dias da Feira”, revela Gustavo Aragão, escritor, presidente da Academia de Letras de Aracaju e um dos idealizadores e organizadores da Flise.

De acordo com Gustavo, a ideia do evento surgiu em virtude da lacuna que existe em Sergipe no cenário litero-cultural. “Em 2011, realizamos o Encontro Sergipano de Escritores. Foi aí que vimos o potencial que o Estado tem, apesar de ser pouco explorado. Esperávamos 100 escritores e 450 se inscreveram. Foi quando a intenção da Flise surgiu”, conta.

A ideia só se concretizou agora, mas, pelo sucesso dessa primeira edição, não é de estranhar que ela, de fato, se mantenha no calendário de eventos do Estado. “A intenção é que a Flise seja bienal. Mas é claro que vai depender dos parceiros e do público”, afirma.

A primeira edição da Flise homenageou José Santo Souza, mais conhecido como Santo Souza, um poeta sergipano que levou o nome do Estado para todo o Brasil. No estande dedicado a ele, obras, fotografias e a presença dos familiares retratavam a história do artista.

Nos três dias de realização da feira, diversos grupos culturais se apresentaram, entre eles o Guerreiro Mocidade, Ton Toy e os Lateiros Curupira e o Coral Nova Vida, do Sesc, que entoou as “Cantigas da Vovó” e as “Canções de Vinicius”.

A estudante Amanda Oliveira ficou encantada com a grandeza do evento. Para ela, o ponto alto foi a diversidade das apresentações, que agradaram tanto aos mais jovens quantos aos mais velhos. “Pensei que seria voltado apenas aos livros, mas não. Tinha muito mais: tinha música, teatro, uma variedade de comidas e brindes. Que eventos como essa façam parte do calendário cultural de Sergipe”, ressalta Amanda.

José Rival Faustino, professor de Educação Física, gostou tanto da feira que foi dois dias. “Na sexta, não consegui ver tudo, então voltei no domingo para aproveitar mais desse evento maravilhoso. Realmente Aracaju precisava de uma feira como essa”, comenta José Rival. Certamente, essa foi a sensação das outras milhares de pessoas que visitaram a Flise.

O Homenageado Santo Souza publicou o primeiro livro de poesias, Cidade Subterrânea, em 1953. No anos seguintes, vieram Caderno de Elegias, Relíquias e Ode Órfica, cuja primeira edição, foi publicada, como os livros anteriores, por José Augusto Garcez em seu Movimento Cultural de Sergipe.

Em 1964, continuando sua trajetória de poeta, ele publicou Pássaro de Pedro e Sono. O próximo livro, Concerto e Arquitetura, viria dez anos depois, em 1974. Já em 1980, lançou Pentáculo do Medo, seguido de A Ode e o Medo, Âncoras de Argo e Construção do Espanto. Sua obra, bastante diversificada, o levou a ser agraciado com o Grande Prêmio de Crítica 1995, concedido pela associação de Críticos de Arte de São Paulo. Ele morreu no ano passado e, sem dúvida, deixa uma obra merecedora de todas as homenagens.

I Feira da Leitura e do Livro de Sergipe – Flise

I Feira da Leitura e do Livro de Sergipe – Flise

Espaço Infantil

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O Xingó Parque Hotel & Resort está situado perto da usina hidrelétrica Xingó e dos famosos cânions do Velho Chico, a 77 km do Aeroporto Paulo Afonso. Tudo isso, às margens do Rio São Francisco no município sergipano de Canindé. 

 

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