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Um quadro fragmentado para 2018
9 de janeiro de 2016 - 08:03, por Marcos Peris
2016 é ano de eleições municipais em todo Brasil. Em 2 de outubro serão eleitos mais de 5.500 novos prefeitos Brasil afora, sendo que a maioria deles disputarão a reeleição em seus respetivos municípios.
Deixando 2016 um pouco de lado, e enfocando a futurologia política vamos enfocar 2018, ano que acontece eleição presidencial, e com o aperitivo a mais: a atual presidente Dilma Rousseff (PT) não poderá mais ir à reeleição.
O quadro de 2018, sem sobras de dúvidas, poderá ser apresentado ao eleitor de forma fragmentado. Como assim? Com várias alternativas apresentadas à população brasileira.
No PSDB, o objetivo do senador e atual presidente da legenda, Aécio Neves, é controlar o partido e a grande maioria dos delegados partidários. Aécio disputou em 2014 e mantêm a chama viva para disputar novamente em 2018. Foi o melhor nome já testado pelos tucanos em eleições contra o PT.
Com esse poderio do senador mineiro dentro do ninho tucano, o governador paulista Geraldo Alckmin, em final de segundo mandato, observa a movimentação com muita cautela. Geraldo não descarta deixar a agremiação e se lançar candidato a presidente pela segunda vez por outro partido. E qual seria o seu destino? O PSB do saudoso Eduardo Campos! Alckmin chegaria ao partido pelas mãos do seu vice-governador Márcio França.
Outra liderança de alta plumagem e com experiência em disputas presidências é o senador José Serra. Sem espaço no PSDB, Serra poderá filiar-se ao PPS, PMDB ou PSD e lançar seu nome pela terceira vez à sucessão de Dilma. Caso seja derrotado nas urnas, volta a ocupar a sua cadeira no senado.
Correndo por fora e de malas arrumadas para deixar o PDT, o senador Cristóvam Buarque pode filiar-se ao PPS para voltar ao combate. Cristóvam defende a bandeira da Educação e poderá ser a opção de muitos brasileiros descontentes com a atual classe política.
O deputado conservador do Rio de Janeiro, Jair Bolsonaro, ainda filiado no PP, já negociou a filiação ao PSC, comandado pelo ex-candidato a presidente em 2014, Pastor Everaldo. O PSC e Bolsonaro poderão fazer um casamento perfeito nos palanques durante a campanha eleitoral.
Com um pé fora do PSDB e de olho na disputa pela presidência, o senador Álvaro Dias negocia a sua entrada no PV, e o consequente apoio a sua candidatura em 2018. Álvaro tem discurso forte e por ser do sudeste, poderá dividir ainda mais os votos na região.
Quem também anseia disputar o cargo hoje ocupado por Dilma é o senador capixaba, Magno Malta. Com o Partido da Vida quase fundado, Malta planeja percorrer o país, filiando novas lideranças e divulgando as suas ideias.
Tido como o maior partido do Brasil, o PMDB poderá lançar um postulante na disputa. Cogita-se o nome do prefeito do Rio, Eduardo Paes, ou até mesmo o atual vice-presidente Michel Temer.
O DEM poderá desatrelar do PSDB e lançar também um nome a sucessão. O mais cotado é o senador goiano Ronaldo Caiado.
Outro nome lembrado, ou talvez dois, seriam os cearenses Cid e Ciro Gomes. Recém filiados ao PDT, o indicado da família poderia unir o nordeste, como queria fazer Eduardo Campos, e tornar-se competitivo para a disputa.
Com a Rede Sustentabilidade oficializada, a ex-senadora Marina Silva engrossa a lista de pré-candidatos para 2018. Após disputar pelo PV e PSB, Marina recomeçará sua maratona pelo relançamento das Casas de Marina. O partido tenta este ano se fortalecer com eleição de prefeitos e vereadores, crucial para 2018.
O PT, apesar de deter o poder atualmente, caminha para 2018 com apenas uma opção viável: Lula. Desgastado com escândalos no governo, a legenda poderá preservar o ex-presidente e lançar o ex-governador da Bahia, Jacques Wagner.
Enfim, em meio a um rosário de pretensões, e com o desgaste do PT, que irá acumular 16 de poder em 2018, a próxima sucessão presidencial poderá trazer surpresas. Sem esquecer que caso confirme as candidaturas acima listadas, o quadro se mostrará idêntico ao de 1989, quando 22 candidatos disputaram o voto dos brasileiros.
Por Marcos Peris