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PT e PMDB podem tomar rumos diferentes em Sergipe
23 de abril de 2016 - 08:20, por Marcos Peris
O impeachment da presidente Dilma Rousseff também afetou a relação do PT e PMDB em Sergipe, ao ponto da vice-presidente do PT, deputada estadual Ana Lúcia Menezes, afirmar que é contrária a manutenção da aliança entre o seu partido e o PMDB em Sergipe.
“Não podemos ficar com aliados que nos traíram”, disse. Para ela, faltou empenho do governador Jackson Barreto (PMDB) na luta contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). Da bancada de Sergipe, dois oito deputados federais, apenas dois (sendo um do PT) votaram contra a abertura do processo de impedimento de Dilma.
“No meu ponto de vista, já existe dificuldade nessa relação. É muito sério. Não podemos ficar com aliados que nos traíram. O governador Jackson Barreto foi o único governador que não conseguiu reverter nenhum voto. O governador do Maranhão, Flávio Dino (PC do B) liderou a movimentação dos demais governadores do Nordeste em busca de mudanças dos votos dos deputados. O governador da Paraíba, que é do PSB, também atuou em favor da presidente, fora os governadores da Bahia, do Ceará e do Piauí, que dialogaram com as suas bancadas para defender a democracia. Não vi essa vontade política do governador Jackson Barreto. O comportamento dos outros mostrou que eles conseguiram reverter o voto. Jackson não reverteu nenhum voto”, disse.
Neste contexto, ela afirmou que a sua corrente dentro do PT, a Articulação de Esquerda, defenderá que o partido siga outro caminho no Estado diverso do que for tomado pelo PMDB. Ela se disse contrária a uma aliança entre PT e PMDB em apoio à pré-candidatura de Zezinho Sobral a prefeito de Aracaju. “A saída tem que ser discutida. Na minha opinião, é preciso amadurecer internamente, escutar todas as forças e buscar a melhor forma para fortalecer o nosso partido”, defendeu.
Impeachment
Para Ana Lúcia, ainda é possível mudar o quadro no Congresso, que atualmente é favorável ao impeachment da presidente Dilma Rousseff. “Temos que brigar pela democracia, consolidar o mandato democrático eleito com 54 milhões de votos. Defendemos a manutenção de Dilma, tendo outro olhar e outro compromisso com a população. É possível virar este jogo, dependerá da pressão dos movimentos sociais e do povo. As forças políticas progressistas, os intelectuais, os artistas e a juventude lutarão para consolidar a democracia”, reforçou.
Enfim, a boa relação dos partidos existentes de longas décadas podem chegar ao fim no estado. Caso Temer assuma o país, a convivência azeda de vez, e será irreversível o rompimento entre ambos. (Com informações de 247)