Temer e a difícil missão de governar um país em crise

20 de maio de 2016 - 08:03, por Marcos Peris

Quarta-feira, 12 de maio de 2016, 6h30 da manhã, o senado brasileiro decretava por 55 votos favoráveis e 22 contrários, o afastamento por até 180 da presidente Dilma Rousseff (PT), eleita em 2014, com mais de 54 milhões de votos.

Michel Temer, o vice eleito com Dilma em 2014 assumiu a república na quinta, nomeando 23 ministros que o auxiliaram na presidência. No quadro de ministros, Temer beneficiou 11 partidos que deram sustentação nas votações da Câmara e do Senado.

Os acontecimentos políticos, as manifestações populares de ruas, as revelações fornecidas pela delação premiada do senador Delcídio Amaral e os estarrecedores diálogos divulgados pelo juiz Sergio Moro, entre Lula e autoridades governamentais, tornaram o impeachment altamente provável. Dilma Rousseff não tem mais condições de continuar a governar o País?

Caso a presidente afastada não volte ao cargo, quais as condições de governabilidade do provável governo Temer? De início, o vice-presidente Michel Temer assume em condições de governabilidade, ao menos na partida, bem melhores do que as da presidente Dilma, quando se reelegeu.

Além de seu partido, o PMDB, Temer terá apoio do PSDB, PP, PTB, PSD, PV, PPS, PSC, PR, PSB, DEM, SD, uma verdadeira frente partidária que sustenta mais de 350 votos na Câmara, capaz de aprovar medidas benéficas ao governo.

Temer tem até 180 dias para mostrar algo que venha de fato amenizar a atual situação, e é claro que no mandato tampão, por mais bem-intencionado que possa ser não conseguirá enfrentar questões apresentadas.

Em lua de mel com Congresso, o presidente interino conta os votos suficientes entre os senadores para manter a decisão do dia 12 de maio. Dificilmente os congressistas votarão atrás da decisão tomada, sem falar do poder da caneta que desta vez está a favor do peemedebista.

Por outro lado, grande parte da população acredita que só a realização de novas eleições gerais fosse à solução no momento, pois só um governo eleito, com respaldo da população para a tarefa, reuniria condições políticas mínimas para lutar por essas transformações.

E, mesmo assim, teria de travar duras batalhas no Congresso Nacional, pois todos são a favor da redução do gasto público, desde que, é claro, sua parcela do bolo não seja reduzida.

Por Marcos Peris

 

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