Gestão Estratégica – Um olhar no mercado e suas forças externas

13 de março de 2017 - 09:48, por Dager Aguiar

Desde quando iniciamos os primeiros textos desta coluna, registramos que estaríamos explorando os temas “Empreendedorismo e Gestão” buscando uma alternância entre os dois a cada artigo. Apresentamos que do empreendedorismo queremos extrair aquilo que nos inspira no comportamento do empreendedor e na gestão vamos mergulhar na apresentação de modelos e ferramentas que instrumentalizam a dinâmica da administração das empresas, dos negócios, das nossas carreiras e, inclusive, das nossas vidas. Então, hoje é dia da gestão.

Em nosso artigo de 05/10/2016, “Modelos de Gestão – O que veste sua empresa” apresentamos a utilização de modelos de gestão pelas empresas como uma forma de comunicação dos padrões adotados por elas para a solução de seus complexos e crescentes problemas empresariais. A sistematização de 15 anos de estudos sobre modelos de gestão foi uma contribuição da consultoria holandesa “Berenschot” com o objetivo de ajudar os executivos das empresas em suas decisões, estratégicas, táticas e operacionais.

O empreendedor visionário, carregado de idéias e energia transformadoras, precisa avançar na criação ou manutenção de seu empreendimento. Mas, para ter sucesso, não pode deixar de ter um olhar no mercado, seja para agregar parceiros e colaboradores, conhecer seus potenciais compradores, fornecedores, mas principalmente para conhecer qual o cenário da concorrência.  Mas como estruturar todo esse campo de visão? Assim, é importante escolher um caminho a seguir, um modelo que lhe permita conhecer melhor o mundo das forças competitivas que determinam a atratividade de seu negócio. É com esse objetivo que apresentamos a “Análise competitiva das cinco forças de Porter”, um dos modelos catalogados na categoria estratégica do livro “Modelos de Gestão – Os 60 modelos que todo gestor deve conhecer” (2008).

Por maior que seja a energia e a determinação do empreendedor, elas não podem prescindir de uma avaliação da arena competitiva que envolve o empreendimento idealizado.  O Empreendedor precisa olhar seu ambiente e Michael Porter nos apresenta, em seu modelo de análise competitiva, 5 questionamentos importantes para ampliar o olhar do empreendedor, conforme resgatamos a seguir:

Há barreiras à entrada de novos competidores?

Analisar as condições no mercado, uma vez que a ameaça de cada novo concorrente depende da presença de barreiras e da reação de empresas que já estão inseridas no mercado. Estas barreiras são os fatores que dificultam o aparecimento de novas empresas para concorrerem em determinado setor. Algumas dessas barreiras são:

– Economia de Escala;

– Capital Necessário;

– Acesso aos canais de distribuição.

Neste contexto, a ameaça é alta quando a economia de escala é baixa, o capital necessário é baixo, a diferenciação de produtos é pequena, e há fácil acesso aos canais de distribuições.

Com que facilidade o novo produto ou serviço pode ser substituído?

Analisar a existência de outros produtos, que não são os mesmos produtos que o seu, mas atendem à mesma necessidade. É prudente avaliar este tipo de produto e se eles conseguem firmar um ganho na relação custo/ benefício, quando comparados aos produtos atuais.

Qual é o poder de barganha dos compradores?

Analisar o poder de barganha dos clientes/compradores em relação as empresas num determinado mercado. É importante analisar o poder de decisão dos clientes sobre os atributos do produto, principalmente quanto a preço e qualidade. Assim, os clientes têm maior poder quando:

– As compras do setor são de grande volume;

– Os produtos a serem comprados são padronizados, e sem grande diferenciação;

– As margens de lucro do setor são estreitas;

– A opção de o próprio comprador fabricar o produto é financeiramente viável.

Qual o nível de influência dos fornecedores?

Analisar quando os fornecedores têm poder de barganha. Se o setor é dominado por poucas empresas fornecedoras, os produtos são exclusivos, diferenciados, e o custo para trocar de fornecedor é muito alto, então o poder dos fornecedores aumentam. Assim, é importante identificar como construir a relação com os fornecedores.

Quais são as vantagens dos competidores?

Analisar a atividade e agressividade dos concorrentes diretos. É considerada a mais importante das forças pois trata de conhecer as forças daqueles que vendem um mesmo produto num mesmo mercado. Analisar como ocorrem as disputas por posições táticas que envolvem preços, propagandas, introdução de novos produtos, melhora nos programas de distribuição, entre outros fatores.

O modelo desenvolve algumas conclusões como, por exemplo, quando as forças são grandes é que o mercado analisado apresenta-se menos atrativo e lucrativo. Porém, quando as forças não são tão intensas, o mercado é mais lucrativo e atrativo.

Não existe um modelo completo e com a capacidade de auxiliar o empreendedor em todas as suas demandas. No modelo de Porter que apresentamos, há ênfase em forças externas, entretanto, ficaram de fora importantes reflexões sobre as forças internas da empresa e sua capacidade de desenvolver competências. É importante registrar que existem ainda muitas outras ferramentas e modelos que poderão ajudar o empreendedor a fugir das armadilhas e perigos que envolvem toda atividade criativa e inovadora. Estaremos juntos nesse desafio. Então, boa semana e até o nosso próximo Empreendedorismo e Gestão.

Por Dager Aguiar

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