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A origem
12 de setembro de 2017 - 23:12, por Rafael Pires
Já pararam para pensar o porquê de o nutricionista tentar ao máximo eliminar o açúcar da alimentação de seus pacientes? Pois bem, o motivo será revelado agora. A origem, como o título sugere, é o principal problema. A indústria alimentícia no intuito de melhorar o sabor dos alimentos e reduzir os custos, acabam utilizando duas verdadeiras bombas para saúde, o xarope de milho/açúcar invertido e a frutose. A frutose, diferente da glicose que é metabolizada por outros tecidos, somente é metabolizada pelo fígado, pela enzima frutoquinase, podendo haver dois caminhos, ou esta é transformada em glicose para serem utilizadas pelas células hepáticas como fonte de glicogênio ou armazenada em forma de gordura. Se os níveis de glicogênio hepáticos estiverem cheios (algo fácil de ocorrer), essa frutose será armazenada em forma de gordura.
O xarope de glicose é oriundo do milho, que é caracterizado por uma longa cadeia de moléculas de glicose. Esse amido refinado passa por um processo químico no qual quebra essas moléculas em uma mais simples, em moléculas de glicose, o xarope de glicose, que em seguida é transformada em frutose, muita frutose, ou seja, não são as frutas e sim esse processo oriundo da quebra das moléculas do amido que levam ao consumo demasiado de frutose.
Com isso, o problema está instaurado, a dieta ocidental rica em refrigerantes, sucos prontos para consumo (suco de caixinha), condimentos (ketchup e mostarda), frutas em conserva (enlatados), geleias, doces pastosos, farinhas industriais, balas, chocolate, bolos, pudins, pó para bebidas são alguns dos alimentos que dispõem desse tipo de açúcar.
O excesso de frutose (acima 40 gramas) leva além daquela gordurinha indesejada no seu abdômen, a obesidade, a uma produção da gordura visceral, mais precisamente no fígado, aumenta os níveis de LDL (gordura ruim) e triglicérides, aumentado as chances de uma aterosclerose e esteatose hepática e aumento de pressão arterial por reduzir o óxido nítrico endotelial, aumento da fome, elevação das concentrações de ácido úrico e diminuição da sensibilidade a insulina predispondo a longo prazo a uma diabetes mellitus.
Dicas simples, são, não adoçar o café, preferir frutas aos sucos, priorizar a alimentação em casa, abolir refrigerantes e alimentos ultraprocessados e processados, além dos embutidos e evitar doces rotineiramente.
Por Rafael Pires