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Casa de cultura e inovação
5 de setembro de 2018 - 22:07, por Wilton Fonseca
O Japão já teve sua relevância cultural e econômica de anos atrás, e a cada dia perde espaço para a China, gigante que começou a engolir o mercado que, antes, era domínio japonês. O governo nipônico, como forma de estreitar suas relações com o ocidente, correu para criação de três polos de contato com o ocidente: a primeira Japan House foi inaugurada em São Paulo, e as próximas, em Londres e Los Angeles, devem abrir as portas até o final do ano. Com um investimento de aproximadamente R$ 100 bilhões, o espaço projetado pelo arquiteto Kengo Kuma terá mostras de artes, música, moda, design, arquitetura, gastronomia e tem como foco central expor o “Japão do Século 21” para o Brasil – ou, nas palavras de Marcello Dantas, diretor de programação, a Japan House deve ser uma “ferramenta de de comunicação” entre os dois países.
Durante a coletiva para imprensa com representantes do governo japonês e da instituição, ficou claro que, além de um espaço para a cultura nipônica florescer no meio do Brasil, há, também, uma motivação econômica por trás da fundação do espaço. Takahiro Nakamae, Cônsul Geral do Japão em São Paulo, comentou que a Japan House “não é só uma galeria de arte, um centro cultural. É uma plataforma para negócios”. A expectativa é de que o polo atraia atenção de investidores e se torne relevante no âmbito de mercado, oferecendo um espaço para o intercâmbio de investimentos entre os países.
A “arte pela arte” deixou de ser – se é que algum dia foi – um modelo sustentável economicamente. Angela Hirata, presidente da casa, afirmou que seria impossível manter o negócio vivo somente como espaço cultural. “Não dá para viver de cultura […] então trouxemos o business”.
A abertura da Japan House, que fica no número 52 da Avenida Paulista, acontece no dia 6 de maio. A primeira exposição da casa é “Bambu – Histórias de um Japão”, que ficará aberta ao público até dia 9 de junho. De acordo com Marcello Dantas, o bambu, elemento “silencioso”, traduz a cultura japonesa e é um ponto de ligação entre Brasil e Japão, por ser uma planta abundante em ambos os países. Com opções de entretenimento para todos os estilos, a casa também terá as lojas de produtos nipônicos Furoshiki e Japan Madoh, além de contemplar a gastronomia com o Imi Café e o restaurante Junji Sakamoto, com menu assinado pelo chef Jun Sakamoto. A casa fica aberta de terça à domingo.
A Casa Japan trás a diversidade que essa grande metrópole representa para o mundo, e não poderá ser em um lugar diferente, a Avenida paulista é o lugar perfeito para acomodar essa obra de arte do oriente.
Por Wilton Fonseca