PALAVRA DE AGRADECER*

11 de abril de 2019 - 23:31, por Claudefranklin Monteiro

Honra-me, profundamente, fazer uso da palavra nesta solenidade e fazê-lo em nome de todos que juntamente comigo tomam posse como sócios do Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe (IHGSE).

Permitam-me, pois, citá-los nominalmente e a todos dirigir minha saudação inicial:

Rosângela Soares de Jesus,

Mário Luiz Britto de Aragão,

Fabrícia Oliveira Santos,

José Araújo Filho,

Lilian de Lins Wanderley,

Irineu Silva Fontes Júnior.

De igual modo, meus confrades e confreiras do Movimento Cultural Antônio Garcia Filho (MAC) e Academia Sergipana de Letras:

Albano do Prado Pimentel Franco,

Antônio Carlos Sobral Sousa,

Luzia Maria da Costa Nascimento,

Carlos Pinna de Assis,

Jane Guimarães Vasconcelos Santos,

Jane Alves Nascimento Moreira Oliveira,

Marcos Antônio de Melo.

Sejam bem-vindos à Casa de Sergipe, guardiã e promotora da cultura e da memória cultural dos sergipanos, aporte identitário de nossa gente.

Seus nomes e talentos agregam valor a este sodalício, imprimem dinamismo e representam os esforços da atual diretoria, que cultiva a prática salutar do acolhimento e da somação.

O Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe, fundado em 1912, ao longo dos anos mantém seu compromisso fundante e resiste às resistências, ressignifica-se com os olhos fixos na tradição, mas também atento às inúmeras demandas do tempo presente, nem sempre bem alvissareiras.

Nesse sentido, a guisa de reflexão necessária para o nosso tempo, valho-me das palavras do historiador François Hartog:

 

(…) sobre o desafio para os historiadores em um regime presentista, eu diria novamente que a história não é este universo fechado com um corpus de postulados. Ela é, necessariamente, tomada naquilo que se passa, por exemplo, na literatura, na filosofia, na sociologia, e é uma solicitação perpétua. Creio que pode, a partir destes domínios, compreender melhor quais podem ser, em um dado momento, as apostas, não apenas da história, mas também do momento (2012, p. 359).

 

Caros novos sócios, esta posse só terá sentido se nos apossarmos do potencial desta casa, na perspectiva, geralmente utilizada pelas ciências da informação, de apropriação, que denota pertencimento, representação e identidade.

Seus conhecimentos, seja na área jurídica e médica, seja no terreno da vida pública e empresarial, do agenciamento e da produção cultural e também professoral, enfim, de todos os aspectos da vida humana, encontrarão guarida em terreno fértil e ávido pelo cultivo do saber, de atitudes solidárias e participativas, capazes de dar visibilidade à sensibilidade, à criatividade e à inteligência da natureza humana, em tempos de tanta intolerância, ignorância e truculência.

Particularmente, alegra-me voltar à Casa de Sergipe. Viver este momento mais uma vez[1]. Aqui, experimentei e testemunhei grandes momentos, como as comemorações de seu centenário de fundação, em 2012. Optei, voluntariamente, por um período sabático, jamais por uma indiferença distante. Estive, à distância, fora do olho do furacão, atento e vigilante, torcendo e aguardando aquilo que tem determinado minha jornada: a natural ação da Divina Providência.

Por isso mesmo, agradeço a confiança de sua Presidente, a confreira Aglaé Fontes, a indicação do amigo fraterno, Fernando Soutelo, e a aprovação da acadêmica Ana Medina e dos demais pareceristas da comissão de admissão de sócios. E desse modo, em nome de todos os outros aqui citados, devidamente empossados.

Prezados confrades, abracem as causas do Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe. Doravante, nós assumimos e temos o compromisso de zelar e de cuidar de seu legado. Para além de um compromisso moral, temos, na perspectiva da memória cultural de Sergipe, uma função vital significativa.

Deixemo-nos guiar e nos entusiasmar pelas assertivas do imortal Luiz Antônio Barreto, a propósito da sergipanidade: “(…) inspira conduta e renova compromissos na representação simbólica da relação dos sergipanos com a terra, e especialmente com a cultura, e tudo o que ela representa como mostruário da experiência e da sensibilidade”.

Muito obrigado.

 

*Discurso de Posse no Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe, em 28 de março de 2019.

[1] Tomei posse no IHGSE, pela primeira vez, no dia 06 de agosto de 2010. No dia 29 de março de 2017, depois de ter participado de sua diretoria, na condição de segundo tesoureiro, solicitei, voluntariamente minha exclusão de seu quadro de sócios efetivos.

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