Padre Rodrigo: “Para mim sempre foi uma grande honra exercer o ministério sacerdotal em Simão Dias”

7 de fevereiro de 2021 - 11:40, por Marcos Peris

Portal Lagarto Notícias

O Padre Rodrigo Fraga Sant’Anna é o entrevistado dessa semana no Lagarto Notícias. O sacerdote estava à frente da Paróquia Sant’Ana em Simão Dias e foi transferido para a Paróquia da Piedade em Lagarto.

Portal Lagarto Notícias – Qual a trajetória de vida do Padre Rodrigo Fraga Sant’Anna?

Rodrigo Fraga Sant’Anna – Nasci no dia 09 de março de 1978, em Lagarto/SE. Meus pais viviam em Simão Dias, mas, minha mãe era de Lagarto, por isso meu nascimento foi na maternidade desta cidade. Aos 6 anos entrei na Escola Estadual Pedro Valadares, e dois anos depois fui para o Colégio Cenecista Carvalho Neto, ficando aí até terminar a sétima série, quando fui estudar no Colégio Dr. Milton Dortas, todos em Simão Dias. Aos 14 anos ingressei no seminário Menor Sagrado Coração de Jesus, em Aracaju, e estudei o então 2º grau na Escola Estadual Castelo Branco. Depois entrei no Seminário Maior Nossa Senhora da Conceição, onde fiz o curso de Filosofia, primeiro na cidade de São Cristovão e depois em Aracaju. Cursei Teologia no Seminário Maior Sagrado Coração de Jesus, em Teresina, PI. Ao ser ordenado diácono foi enviado por dom Hildebrando para exercer o diaconato na Paróquia de Senhora Sant’Ana, Simão Dias. Depois da ordenação presbiteral fui nomeado vigário paroquial da mesma paróquia onde permaneci por mais de 4 anos, quando fui enviado para Barcelona, na Espanha, para fazer o mestrado em Teologia, com especialização em Liturgia; aqui permaneci por 4 anos, pois além dos estudos também colaborei com a Arquidiocese de Barcelona na paróquia de São Pancrácio. De volta ao Brasil, fui mais uma vez vigário paroquial na paróquia de Senhora Sant’Ana, Simão Dias, por mais dois anos. Depois fui nomeado administrador paroquial e finalmente pároco desta mesma paróquia.

PLN – Como surgiu o interesse pela religião católica e pela vocação sacerdotal?

RF – Criado em família católica sempre fui conduzido à Igreja, depois de minha primeira comunhão, fui pouco a pouco me integrando na comunidade até ser catequista. Nesse momento comecei a me sentir chamado por Deus para ser padre.

PLN – O senhor sempre quis ser padre ou tendenciou a alguma outra profissão na infância e adolescência?

RF – Recordo-me bem que antes de desejar ser padre pensei primeiro em ser professor e depois tive muito desejo de ser médico. Ao sentir a inquietação vocacional a partir do chamado de Deus, eu comecei a perceber que meu magistério não seria no ensino das ciências humanas, mas na transmissão da Palavra de Deus, e a cura também estava em outro nível, o espiritual.

PLN – Como é ser líder espiritual de uma paróquia tão importante como a de Simão Dias?

RF – Para mim sempre foi uma grande honra exercer o ministério sacerdotal em Simão Dias. Sendo filho desta terra, alegrava-me muito por poder contribuir com a comunidade que me gerou na fé. É verdade que também por isso os desafios eram maiores, mas sempre assumidos com muito amor e doação.

PLN – Como recebeu a notícia da transferência da Paróquia de Simão Dias para a Paróquia de Nossa Senhora da Piedade em Lagarto?

RF – Na verdade não foi uma notícia… Mas um chamado do nosso bispo diocesano, que foi discernido num diálogo muito fraterno. Assim que, apesar da surpresa ao ouvir a intenção do Bispo, assumi essa transferência como vontade de Deus em minha vida, de maneira que fiquei espiritualmente em paz, embora, não posso negar, emocionalmente um pouco abalado por conta da longa história em Simão Dias e pelas minhas raízes aí aprofundadas.

PLN – Após longa permanência à frente da Paróquia de Senhora Sant’Ana, o senhor se sente realizado por contribuir com a evangelização de fiéis de sua terra natal?

RF – Sim. Saí de Simão Dias com uma sensação de dever cumprido. Procurei sempre responder a todos os apelos e necessidades do povo e da paróquia, doando-me integralmente à minha missão.

PLN – Tem algo que senhor gostaria de ter feito à frente da Paróquia e não foi possível realizar?

RF – Numa paróquia tão viva e dinâmica como a de Senhora Sant’Ana sempre se têm muitos projetos… Gostaria muito de ter concluído a construção da Igreja de Santa Dulce dos Pobres, como também tínhamos como projeto a ampliação do centro de pastoral, para melhor servir à comunidade paroquial.

PLN – Na sua opinião, a Igreja Católica tem feito o seu papel perante à pandemia do Novo Coronavírus?

RF – Creio que sim. Em todo o mundo a Igreja assumiu um papel importante de conscientização e também de prevenção em relação ao coronavírus. Além disso, a Igreja faz aumentar ainda mais suas ações caritativas para socorrer a todos os desfavorecidos nestes tempos de crise sanitária e econômica.

PLN – Muitos perderam seus entes queridos ou têm algum familiar em leitos hospitalares. Como a fé pode confortar essas pessoas e direciona-las neste momento de crise?

RF – Penso que a fé é fundamental em todos os momentos de nossas vidas, principalmente agora. É preciso “esperar contra toda esperança”, e isso só se faz possível pela fé, que nos faz, a partir de Cristo, dar sentido ao sofrimento humano, abrindo o coração para acolher a graça de Deus que vem.

PLN – A Igreja passou por severas privações em 2020, como a não celebração de missas com público presente, bem como com não realização de festas de padroeiros, como o padre Rodrigo avalia essa situação?

RF – A vida é um valor fundamental, dom de Deus para cada um de nós. Ela deve ser sempre protegida como um grande e único tesouro. Sabemos que para os fiéis, como também para os ministros, foi, e continua sendo um tempo muito duro de privações. Mas a vida merece sacrifícios… Pese a dor da falta das celebrações comunitárias, vimos florescer uma nova consciência da Igreja doméstica, onde a família assume um papel fundamental. Essa foi uma realidade muito positiva em toda a Igreja.

PLN – Qual mensagem o Padre Rodrigo Fraga deixa para à população simãodiense?

RF – Na minha missa de envio, no dia 31 de janeiro, pude expressar os meus sentimentos e desejos para meu querido povo de Simão Dias. Primeiro minha mais sincera gratidão, pois vivi experiências extremamente importantes. Depois o meu desejo de que a paróquia continue crescendo no testemunho do Evangelho e no serviço aos irmãos e irmãs.

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