Railton Faz: “A reciclagem é o caminho ideal para a nossa sobrevivência”

25 de maio de 2023 - 12:13, por Marcos Peris

Portal Lagarto Notícias

O Lagarto Notícias publica nesta quinta-feira (25), a entrevista do empresário Railton Faz.

Railton Faz

Portal Lagarto Notícias – O Senhor é um inventor. Quais as dificuldades enfrentadas em seu campo de atuação no registro de novas tecnologias, por exemplo?

Railton Faz – Acredito que o mundo é igual para todos. Eu posso ver no mundo as dificuldades ou as oportunidades. Exemplo: as ondas do mar, ela estão ali para todos igualmente. Não há discriminação. Alguns pegam a prancha e vão surfar, outros correm para não se afogar.

PLN – Todo cientista enfrenta a falta de credulidade em suas realizações e mesmo falta de apoio para produzir suas invenções. Existe alguma dificuldade com as novas patentes que apresenta?

RF – A falta de credibilidade não é somente na área de inovação ou de cientistas ou para inventores, é no empresário que está entrando no mercado, ou no novo funcionário; então, existe uma falta de credibilidade em todos os setores. Isso deve ser vencido individualmente, é mostrando que é possível ser feito, que vai conquistando o espaço de cada um em cada área, é uma luta diária, uma luta constante para que possa conquistar o seu espaço. Então, foque na área de inovações, para novas tecnologias, novos projetos, algo que possa ser financiado pelo Governo Federal. Temos o Sebrae que é um grande apoio aos pequenos negócios. E mais: dificuldade tem em qualquer área. Entenda também que protocolos devem ser seguidos e há uma necessidade sempre de novas tecnologias. Acredito que tem espaço para todos e é só seguir os caminhos que todos têm as mesmas condições de sucesso.

PLN – De onde vem a sua preocupação com o meio ambiente?

RF – Ao longo do tempo, desde que eu comecei a acreditar que reciclagem é o caminho, lá entre 1988, 1989, quando eu abri a minha primeira empresa, a Fundição Globo. Nós não temos como parar o consumo, então a população aumenta, o consumo aumenta e os resíduos aumentam. Isso em todas as áreas de resíduos é preciso reciclar, porque vamos chegar a um ponto onde não tem mais onde colocar. Hoje nós temos uma problemática no mundo onde não temos onde colocar resíduos. Aqui no Brasil têm cidades, municípios, que não têm espaço para colocar seu próprio resíduo. Então foi aí onde surgiu a minha vontade. E de lá para cá venho desenvolvendo equipamentos de tecnologias sempre na área da reciclagem. Reciclar 100% de tudo, não apenas uma parte. Acredito que esse é o caminho e muitas empresas e governantes já sabem disso, como caminho ideal para a nossa sobrevivência. Então, proteger o meio ambiente é proteger a população, é proteger a nós mesmos, mas não apenas protegendo o planeta, protegendo a nossa existência e a existência humana. Então isso deve ser uma preocupação de todos. Não chega a ser a minha preocupação direta, mas sim uma necessidade em proteger a nós mesmos.

PLN – O uso da palavra “FAZ” em seu sobrenome e nos seus empreendimentos, está ligado ao seu espírito empreendedor?

RF – A palavra FAZ surgiu em minha vida mais ou menos em1998. Foi em um momento bem difícil na minha vida, muito complicado financeiramente, pessoal e familiar. Então, em um momento eu vi uma possibilidade, eu vi uma saída e o FAZ surgiu a partir de um poço que eu cavei para levar água a uma comunidade através de um chafariz no povoado Mariquita, na cidade de Lagarto. Foi naquele momento que surgiu a ideia do FAZ para ‘fazer’. Mesmo com uma afirmação de que quando eu falo algo, então que eu possa cumprir, então foi ali onde surgiu e graças a Deus fui muito feliz na época. Hoje o FAZ é conhecido em muitas partes do mundo, é o nome de um homem de sucesso, é uma marca bem conceituada em todo o mundo, que surgiu em um momento bem difícil.

PLN – O povo brasileiro é tido como um dos mais empreendedores do mundo. O senhor tem a mesma opinião?

RF – O povo brasileiro é um povo alegre, hospitaleiro, empreendedor, dá sempre um ‘jeito’ para que as coisas possam funcionar. É um país tropical e que tem imensas possibilidades, é um país jovem, construído por vários povos, com várias nacionalidades. É o povo é bem dinâmico. Acredito os brasileiros estão entre um dos mais empreendedores. Nós temos outros países também empreendedores, como a Alemanha, Estados Unidos e Espanha, mas o Brasil é Brasil. Eu amo meu país e acredito que, com as possibilidades, temos muito a construir. Claro que temos muito a fazer, mesmo porque é um país dos mais jovens em desenvolvimento, tem muito a ser feito.

PLN – O senhor tem apoio do governo para desenvolver os seus produtos?

RF – O apoio do governo sempre existe. Quando o governo desenvolve um bom trabalho, quando desenvolve políticas públicas onde possa melhorar a qualidade de vida das pessoas, então está ajudando a todos. E os projetos ambientais, consequentemente, os meus projetos propriamente ditos. Eu busquei outro meio de apoio, principalmente o apoio financeiro, mas existem os apoios do governo para qualquer pessoa. Nós estamos o Sebrae, que é um órgão onde está ali para apoiar no Brasil inteiro. Temos outros órgãos, nós temos os institutos que dão apoios técnicos e financeiros, e como todas as políticas públicas têm seus protocolos. Estão lá para qualquer um. No meu caso específico, eu não conto com esse apoio direto do estado, porque eu fui por outra via, que é a área privada. Os recursos para o desenvolvimento das minhas tecnologias estão sempre ligados ao setor privado e a parcerias privadas e o apoio de empresários que precisam dessas tecnologias. Temos o Governo do Estado que tem suas áreas de apoio para inventores e para novas tecnologias.

PLN – Qual dos seus inventos pode colaborar mais para reduzir a crise energética e preservar a natureza?

RF – Para produção de energia elétrica, energia limpa, e, inclusive, uma das minhas tecnologias recentemente ganhou mais um prêmio europeu. Nós temos a tecnologia da carbonização de produção de energia limpa hoje conhecida no Brasil inteiro. Nós temos, ainda, o Selo Verde recentemente conquistado do Instituto Chico Mendes. Nós temos também outra tecnologia de usina para desintegração de massa que é capaz de atender uma cidade com quatro milhões habitantes. E nós temos também o motor de proporção voluntário, onde pode produzir energia para uma cidade com até três milhões de habitantes. Com essa tendência em produzir carros elétricos poderemos ter bem próximo uma matriz energética para transporte. Então há a necessidade hoje e haverá sempre uma necessidade muito grande em relação à produção de energia elétrica. Acredito que Railton Faz vai ser lembrado no futuro e em uma dessas tecnologias com certeza. Está na linha do acontecimento, uma das nossas tecnologias e acredito que em breve, será lançado um novo conceito em produção de energia, um novo conceito em produção de energia para atender. Essa nova matriz energética será a energia renovável, e que há mais de renovável? Em nosso planeta o que temos mais em abundância? Então, em breve, com certeza, se não por nós, mas será lançada por um dos nossos parceiros, uma nova tecnologia em relação à produção de energia limpa. Mas vamos em frente. Têm muitas coisas a serem produzidas e novas tecnologias virão com certeza.

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