A cultura da mandioca e um festival junino para a afirmação da lagartinidade

26 de maio de 2025 - 11:26, por Marcos Peris

Prof. Dr. Claudefranklin Monteiro Santos

Não poderia ter sido diferente e melhor. Assim foi o anúncio de mais uma edição do Festival da Mandioca na cidade de Lagarto. Quando de sua campanha para a prefeitura, uma das sugestões que apresentei a Sérgio Reis, no campo cultural, foi a manutenção e aprimoramento do evento. Primeiro, porque este já está sedimentado na memória do povo lagartense e significou, por ocasião de sua criação, não somente o reavivamento dos Festejos Juninos no município. Segundo, pela necessidade de se dar continuidade àquilo que é bom e colaborar para a afirmação da identidade cultural do povo lagartense, para além de cores e interesses partidários e de grupos políticos ou famílias empoderadas.

Iniciado com a Pega do Mastro, neste dia 25 de maio, o Festival da Mandioca em 2025, além de prever 70 atrações, irá se estender até o final do mês de junho, realizado não somente na Praça do Tanque Grande, como também dando atenção a outras regiões, incluindo a zona rural e bairros. O evento da Pega do Mastro, segundo a tradição, tem mais de um século e é reconhecida como Patrimônio Histórico e Cultural de Natureza Imaterial, por meio da Lei Municipal nº 1.091/023. Este ano, o grande homenageado, com muita justiça, é o senhor Geraldo de Oliveira Santos, mais conhecido como Geraldo da Farmácia.

O Festival da Mandioca é um legado de José Valmir Monteiro (1962-2024). Filho do povoado Água Fria, uma vez vindo residir em Lagarto em 1974 passou a conhecer e amar os valores locais, com especial atenção dada à cultura. Sou, particularmente, testemunha disto, notadamente quando levamos adiante a ideia de se fazer uma série de eventos em torno da memória de Monsenhor João Batista de Carvalho Daltro e, no mesmo contexto, a criação do Encontro Cultural de Lagarto, em 2012.

Foi, portanto, na sua primeira gestão, no ano de 2009, que o Festival foi realizado pela primeira vez e, também, nos anos seguintes 2010, 2011 e 2012. Durante a gestão de Lila Fraga, não teve seguimento, retornando em 2017, na segunda gestão de Valmir, que repetiu a dose em 2018. Com seu afastamento da prefeitura, sua vice, Hilda Ribeiro, deu continuidade, com a edição de 2019. Em 2020 e 2021, por conta da COVID, não aconteceu. Eleita prefeita, Hilda realizou as edições de 2022, 2023 e 2024. Com Sérgio Reis, será a décima primeira edição, se minhas contas e pesquisa não estiverem erradas,

Em 2019, por iniciativa do Deputado Estadual Ibraim Monteiro, o Festival da Mandioca foi reconhecido como Patrimônio Cultural Imaterial do Estado de Sergipe (Lei de Nº 187/2019) e incluído no calendário oficial de eventos do Governo de Sergipe. Penso que já está na hora de isto também acontecer em nível municipal, no sentido de vir a ser reconhecido como Patrimônio Histórico e Cultural de Natureza Imaterial lagartense, dado que o evento está mais do que consolidado, a exemplo do Lagarto Folia e também da Madereta, esta última também da lavra de Valmir Monteiro, cuja primeira edição aconteceu em 1998.

Festival da Mandioca

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